Página Principal

Textos diversos

Notas da imprensa

Publicações (teses, livros, artigos)

Eventos sobre o tema

Outras páginas sobre o tema

Instituições de Prevenção e Estudos

Contato

 

 

Suicídio - conhecer para prevenir



Referências bibliográficas

Artigos científicos com indicação de fonte e resumo

Claudemir Benedito Rapeli; Neury José Botega. Tentativas de suicídios graves: três diferentes grupos internados em um hospital geral . J. bras. psiquiatr. vol. 52(1): 5-11, 2003.

Resumo: Objetivo e método: Este trabalho verificou a existência de diferentes grupos de tentativas de suicídio internados em um hospital geral. Os sujeitos do estudo foram 121 pacientes internados, consecutivamente, no hospital após tentativas de suicídio. Uma entrevista estruturada incluindo escalas psicométricas, dados sociodemográficos e clínicos foi utilizada. Para análise estatística foram usados os testes qui-quadrado, Fischer, Mann-Whitney e análise de agrupamentos. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (64%) e adultos jovens. A média de idade foi de 32,6 anos. Oito pacientes faleceram durante a internação, todos adultos jovens e do sexo masculino. Três grupos foram identificados pela análise de agrupamentos: a) um grupo formado por 43 pacientes (a maioria era mulher com média de idade de 32,7 anos) que usaram como método para o ato suicída o envenenamento; 50% destes pacientes apresentaram alta letalidade e dois terços, baixo intencionalidade suicida; b) um grupo formado por 53 pacientes (a maioria do sexo masculino, média de idade de 30 anos) que se envenenaram. Apresentaram tanto moderado grau de letalidade como de intencionalidade suicida; c) um grupo formado por 17 pacientes (todos do sexo masculino, com média de idade de 42,7 anos) que usaram métodos, violentos para o ato suicida e apresentaram altos graus de letalidade e de intencionalidade suicida. Conclusão: A análise de agrupamentos produziu três grupos, um dos quais caracterizado por níveis elevados de letalidade e de intencionalidade suicida. Estes pacientes, especialmente, precisam ser criteriosamente avaliados quanto ao risco de novas tentativas de suicídio, bem como receber um acompanhamento psiquiátrico intensivo.
Palavras-chave:Suicídio; tentativa de suicídio; letalidade; internação.

Vera Regina Lignelli Otero. A relação terapêutica e a morte anunciada: qual sobrevive? Hélio José Guilhardi et al. (org). Sobre Comportamento e Cognição. Vol. 8. São Paulo: Esetec. Fonte: http://www.esetec.com.br/index.htm.

Resumo: A relação terapêutica que se estabelece entre a pessoa potencialmente suicida e seu psicoterapeuta é especial. Na psicoterapia estas pessoas aprendem novas formas de comunicação e significados. Lidar com as possíveis razões que levariam alguém a interromper sua própria vida gera muitas emoções na pessoa do terapeuta, que a despeito disto deve fazer discriminações que lhe permitam avaliar constantemente a veracidade da vontade anunciada de suicidar-se. Identificar quais os riscos da efetivação de tentativas de atos suicidas e decidir o que fazer frente a elas levam-nos a refletir sobre os possíveis limites das intervenções. A relação profissional–cliente que se constrói é norteada pelos princípios teóricos que fundamentam a prática clínica e o entendimento do porque cada um usará o suicídio como forma de solução de seus problemas. Há situações experenciadas nestes atendimentos que revelam que a relação pessoa-pessoa construída ultrapassa os fundamentos da teoria. Nela há variáveis que vão além da aplicação de qualquer técnica. O vínculo terapêutico é condição necessária, mas nunca suficiente para evitar um suicídio. A compreensão ingênua de que a relação terapêutica poderá evitar a morte de uma pessoa potencialmente suicida poderá permitir que a morte anunciada sobreviva.
Palavras-chave: Suicidas potenciais, relação terapêutica como ferramenta de intervenção, sentimentos do terapeuta, limites da intervenção.

Humberto Correa; Evaristo Barbi; Fernando S. Neves; Giancarlo Capellini; Juarez O. Castro; Kleber P. Neto; Rodrigo Nicolato; Valdir R. Campos; Valeria G. Santos; Marco Aurélio Romano-Silva. A neurobiologia do suicídio: evidências do papel do sistema serotoninérgico. J.bras. psiquiatr. vol.51 (6): 397-404,2002.

Resumo: O suicídio figura entre as principais causas de morte nos países industrializados e, a despeito de tentativas de prevenção, suas taxas são crescentes, o que tem estimulado as pesquisas na biologia do suicídio, com o objetivo de auxiliar o clínico na identificação do suicida em potencial. Existem hoje muitas evidências oriundas de estudos com diferentes metodologias (estudos post-mortem, estudos de concentrações líquóricas de 5-HIAA, estudos neuroendocrinológicos) mostrando que anormalidades no sistema serotoninérgico estariam associadas ao comportamento suicida. Hoje, o foco principal das pesquisas, após as evidências dos estudos de epidemiologia genética de que o suicídio seria, pelo menos parcialmente, geneticamente determinado, são os estudos de genética molecular. Esta abordagem, apesar de estar ainda em fase inicial e de ter resultados às vezes inconsistentes, é promissora, e seus resultados sugerem que, pelo menos em parte, fatores genéticos influenciam o comportamento suicida através do sistema serotoninérgico. As pesquisas devem continuar, principalmente focando a associação de características psicopatológicas básicas, potencialmente associadas ao comportamento suicida, como a impulsividade, e sua associação com genes ligados à função sertoninérgica, assim como estudos post-mortem que podem examinar a expressão gênica e suas proteínas.
Palavras-chave: suicídio; disfunção serotoninérgica; genética.

Vanessa Paola Povolo Gaspari; Neury José Botega. Rede de apoio social e tentativa de suicídio . J.bras.psiquiatr.vol.51 (4): 233-240,2002.

Resumo: Objetivo: Avaliar a rede de apoio social dos pacientes que tentam suicídio e são atendidos no pronto-socorro do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (HC-Unicamp), e compará-la à de acompanhantes de outros pacientes atendidos no mesmo serviço, pareando-os por sexo e idade. Método: Foram avaliados 29 indivíduos (14 homens e 15 mulheres), alocados consecutivamente em cada grupo. Os instrumentos selecionados para este estudo foram: Questionários de Tentativa de Suicídios para Pronto-Socorro (TS-PS), abrangendo informações sociodemográficas e clínicas, e um questionário similar adaptado para os indivíduos deo grupo-contrle; Questionário de Rede de Apoio Social (SSQ); Escala de Avaliação Global do Funcionamento Psicossocial Adulto (GAS); Escala de Avaliação Global do Relacionamento Social e Familiar (Garf); Escala de Apoio Social de Bille-Brahe (EAS/BB). Resultados: A média de idade dos indivíduos que tentaram suicídio (TS) foi de 37,4 anos. As tentativas de suicídios deram-se por ingestão de medicamentos (11), de venenos (10) ou por objetos cortantes (oito); a maioria com baixas intencionalidade suicida e letalidade. No grupo TS, 34,5% (dez) eram oficialmente casados, e no grupo-controle, 51,7% (15). Os sujeitos do grupo TS estavam mais frequentemente em acompahamento psiquiátrico (41,4%) e em uso de psicofármacos (55,2%) do que os controles (17,2% e 13,8%, respectivamente). Menos frequentemente, os casos de TS consideravam-se pessoas religiosas (51,7% vs. 79,3%). O número de figuras de apoio percebido pelos respondentes para o grupo TS foi, em média, de um indivíduo, e no grupo sala de espera (SE), de aproximadamente três indivíduos. A diferença na satisfação com a rede de apoio social entre os dois grupos (TS e SE) foi demonstrada claramente em todas as 27 questões do SSQ (p entre 0,001 e 0,02), o que reflete a insatisfação dos indivíduos do grupo TS ao reconhecerem que sua rede de apoio social é crítica. Nos casos de TS, mais frequentemente, os indivíduos sentiam-se menos necessários para apoiar amigos e familiares do que os do grupo SE. Estes achados são condizentes com o pior desempenho dos casos de TS nas escalas GAS, que avalia o funcionamento psicossocial, e Garf, que avalia os relacionamentos social e familiar (p=0,0001 e 0,002, respectivamente). Conclusão: Os resultados confirmam a hipótese de que uma rede de apoio social frágil é mais frequentemente encontrada entre pacientes que tentam suicídio do que entre otros indivíduos. Estas pessoas também sentem que recebem menos apoio prático e moral, assim como não se sentem tão necessários e importantes para seus amigos e familiares, além de viverem em famílias mais disfuncionais e de apresentarem maiores dificuldades no desempenho de funções sociais.
Palavras-chave: apoio social; tentativa de suicídio; rede de apoio social.

Rute Grossi; Gerson Antonio Vansan. Mortalidade por suicídio no município de Maringá (PR). J.bras.psiquiatr.vo1.51(2):101-111, 2002.

Resumo:Este trabalho estudou a distribuição temporal da mortalidade por suicídio no município de Maringá (PR), no período de 1978 a 1998 e analisou sua relação com algumas características pessoais, como o sexo e a idade, bem como com o meio utilizado e o local de ocorrência. Os dados de mortalidade por suicídio foram coletados dos laudos de exames de óbito do Instituto Médico legal e dos atestados de óbito dos cartórios de registro civil. Durante o período ocorreram 197 óbitos por suicídio, o que corresponde a um coeficiente médio anual de 4,2 suicídios por 100 mil habitantes. No sexo masculino constataram-se tendência ascendente da mortalidade por suicídio nos últimos quatorze anos do período e um coeficiente médio anual mais altos 'que o femininoz '. Entre os homens, a mortalidade por suicídio ocorreu com taxas maiores e progressivamente ascendentes nas faixas etárias de 20 a 29, 40 a 49 e finalmente na de 60 a 69 anos, onde alcançou seu valor mais elevado (18,5 suicídios por 100 mil habitantes). Entre as mulheres, os suicídios predominaram com taxas semelhantes e significativamente menores do que as dos homens nas faixas etárias de 20 a 39 anos e de 70 anos em diante. Contrariamente ao que se observou para os homens, a maior incidência ocorreu em jovens de 20 a 29 anos, com uma taxa baixa de 3,4 suicídios por 100 mil habitantes. 0 meio mais empregado por ambos os sexos foi o enforcamento, e o local preferentemente utilizado pelos suicidas foi o próprio domicílio.
Palavras-chave: suicídio, epidemiologia, saúde mental.

Pellizzari, Ester Maria Lopes; Almeida, Rosângela Amaral de. Suicídio: a metáfora de Dorian Gray. Jornal Brasileiro de Psiquiatria Vol. 50 n° (3-4): 69-76, 2001.

Resumo: As autoras apresentam neste artigo uma abordagem histórico-social do suicídio, oferecendo através da literatura e de alguns referenciais psicanalíticos uma tentativa de compreensão das causas do comportamento suicida. Procuram mostrar as diferentes maneiras de como o suicídio é visto no contexto das sociedades oriental e ocidental. Examinam também a postura do terapeuta frente à inevitabilidade do ato e as explicações às vezes colocadas nas cartas e nos bilhetes deixados por essas pessoas.
Palavras-chave: suicídio, depressão, comportamento suicida.

Costa, Geonaldo Fonseca. Aspectos preventivos dos riscos de suicídio. J bras Psiq, 48 (8): 363-366. 1999

Resumo: Através de dados obtidos em prontuários médicos e entrevistas com familiares foram analisados 25 casos de tentativas e ato suicida acompanhados em hospitais públicos e privados no período de 1993-1995. Analisou-se os casos de suicídio de acordo com os métodos utilizados, sexo, fatores ambientais, predisposições hereditárias e comunicações diretas e indiretas da intenção suicida. Os resultados obtidos permitem orientar as seguintes medidas preventivas: 1. Evitar prescrições de drogas em grande quantidade; 2. Não deixar armas de fogo etc., disponíveis; 3. Ficar atento na fase de melhora inicial dos transtornos depressivos (48 h), 4. Estabelecer um vinculo terapêutico positivo não subestimando a veracidade das idéias e a potencialidade suicida.
Palavras-chave: suicídio; prevenção; epidemiologia.

Grossi, Rute; Marturano, Edna Maria; Vansan, Gerson Antonio. Epidemiologia do suicídio – uma revisão da literatura . J.bras.psiquiatr.(6):193-202, 2000.

Resumo: Procedeu-se à revisão da literatura sobre a epidemiolo-gia do suicídio, no período de 1993 a 1997. Por meio dos sistemas PsycLIT, MEDILINE e Lilacs foram selecionados e adquiridos 37 artigos e classificados em cinco grupos: 1. características demográficas (10 artigos); 2. fatores psicológicos e sociais (12 artigos); 3. método utilizado (13 artigos); 4. associação com transtorno mental (três artigos) e 5. suporte do serviço de saúde (três artigos). Vários artigos, por investigarem influências de múltiplos fatores, foram incluídos em mais de uma categoria. A análise crítica dos artigos evidencia a forte associação entre suicídio e os aspectos discutidos nos estudos, isto podendo contribuir para o desenvolvimento de estratégias preventivas.
Palavras-chave: suicídio; epidemiologia; revisão.

Vansan, Gerson Antonio. Aspectos epidemiológicos comparativos entre tentativas de suicídio e suicídios no município de Ribeirão Preto. J bras Psiq, 48 (5): 209-215, 1999.

Resumo: Estudou-se comparativamente uma amostra constituída por todos os pacientes atendidos por tentativas de suicídio na Unidade de Emergências de um Hospital Geral Universitário, residente no município de Ribeirão Preto durante o período de 1990 a 1992 e todos os casos de morte por suicídio ocorridos no município, durante o mesmo período, considerando como variáveis o sexo, a idade e o método utilizados. Os dados sobre as tentativas foram obtidos no serviço de estatística do hospital e os de suícidio foram coletados nos atestados de morte fornecidos pelos Cartórios de Paz e Registro Civil do município. Diferenças expressivas em relação as variáveis estudadas, observadas entre os dois comportamentos, mostram que as duas populações apresentam aspectos que lhes são próprios e que fundamentam a separação entre eles.
Palavras-chave: tentativa de suicídio; suicídio; epidemiologia.

Feijó, Ricardo Becker; Raupp, Ana Paula Gonçalves; John, Ângela Beatriz. Eventos estressores de vida e sua relação com tentativas de suicídio em adolescentes. J bras Psiq, 48 (4): 151-157, 1999.

Resumo: O aumento nas taxas de tentativa de suicídio e suicídio em adolescentes tem levado à intensifíeação da procura de possíveis fatores de risco para tais desfechos. Dentre esses, atualmente, destacam-se os eventos estressores. Apresente revisão, baseada em artigos nacionais e internacionais, enfoca os eventos estressores e suas várias interrelações. O reconhecimento precoce de tais eventos e a instituição imediata de tratamento proporcionarão uma melhor abordagem e um manejo mais adequado dos jovens nessa situação.
Palavras-chave: adolescente; eventos estressores de vida; comportamento suicida; tentativa de suicídio.

Valença, Alexandre et al. Pânico e suicídio . J bras Psiq, 47(12): 647-655, 1998.

Resumo: Objetivos: 1. Verificara relação entre Transtorno do Pânico e Suicídio. 2, Verificar se a comorbidade com outros transtornos do eixo I ou Transtornos de Personalidade aumentam a freqüência de tentativas desuicídio, nos pacientes com Transtorno do Pânico. Metodologia: 1. Revisão bibliográfica através do sistema MEDLINE dos anos de 1980 a 1998. 2. Estudo de casos clínicos do Programa de Ansiedade e Depressão do IP UB-UFRJ. Resultados: A revisão da literatura em relação a associação entre o Transtorno do Pânico e o suicídio mostra resultados em relação a tentativas de suicídio com variação de 1,3% a 57%. Conclusão: Os dados sugerem que a comorbidade com outros Transtornos de Ansiedade e Depressão, Transtornos de Personalidade (especialmente Borderline) e a maior gravidade do Transtorno do Pânico e agorafobia podem constituir fatores de risco para tentativas de suicídio no Transtorno do Pânico. Estes pacientes devem ser cuidadosamente avaliados em relação a possibilidade de tentativas de suicídio.
Palavras-chave: transtorno do pânico; ataques de pânico; suicídio.

Rapeli, Claudemir Benedito; Botega, Neury José. Tentativas de suicídio envolvendo risco de vida: internações em um hospital geral. J bras Psiq, 47(4): 157-162, 1998.

Resumo: Este estudo foi realizado no Hospital de Clínicas da UNICAMP. Descreve algumas características de indivíduos que, por tentativa de suicídio, necessitaram de internação em um período de 12 meses. Elaborou-se um questionário de tentativa de suicídio (QTS) formado por uma anamnese estruturada e escalas psicométricas. Os 53 pacientes foram, em sua maioria, adolescentes e adultos jovens e, predominantemente, do sexo masculino (66%). A média de idade foi 29 anos. Os cinco (9%) que faleceram eram do sexo masculino e com média de idade de 23 anos. As motivações para tentativa de suicídio podem ser divididas em três grupos: motivações "corriqueiras", motivações devido a dificuldades financeiras, motivações devido a doenças mentais. Deram-se em situação de sofrimento psíquico e dificuldades interpessoais. Os homens apresentaram maior intencionalidade suicida, solicitaram menos ajuda após tentativa de suicídio; prepararam-se mais em detalhes, acreditavam mais no poder letal do método escolhido, num ato menos impulsivo do que o das mulheres. Setenta e sete por cento utilizaram o envenenamento por produtos tóxicos. Dos cinco que faleceram, três utilizaram arma de fogo e 2 envenenamento. Setenta e três por cento dos pacientes apresentaram risco de vida de moderado a grave. Os paciente estudados apresentam perfil heterogêneo quanto a motivação para a tentativa de suicídio, intencionalidade suicida e risco de vida.
Palavras-chave: tentativa de suicídio; suicídio; saúde mental.

Bandim, José Marcelino; Fonseca, Luciana; Lima, Jorge Marcelo A. de. Prevalência da ideação suicida numa população de escolares do Nordeste brasileiro. J bras Psiq, 46 (9): 477-481, 1997.

Resumo: Este projeto foi elaborado para prover dados referentes a prevalência da ideação suicida numa população de escolares do Nordeste brasileiro. As crianças pertenciam a uma escola particular do Recife, com idades variando entre 9 a 13 anos. A amostra foi composta por 270 crianças, 32,2% das crianças apresentaram ideação suicida e 1,5% intenção suicida. Para avaliar a ideação suicida foi utilizado o Inventário para Depressão Infantil (CDI), que em seu item 9 avalia conduta suicida. Foi achada uma associação importante entre ideação suicida e sintomatologia depressiva, avaliada também pelo CDl. Os resultados encontrados são comparados e discutidos com outros estudos sobre o assunto. Palavras-chave: ideação suicida em crianças; prevalência; depressão em crianças.

Feijó, Ricardo Becker et al. O adolescente com tentativa de suicídio: características de uma amostra de 13 a 20 anos atendida em emergência médica. J bras Psiq, 45 (11): 657-664, 1996.

Resumo: A presença de comportamento autodestrutivo na adolescência tem sido objeto de pesquisas e investigações cada vez mais freqüentes, principalmente apoiadas pelos altos índices de mortalidade relacionados a mortes violentas (homicídios, suicídios e acidentes). Durante um período de 4 meses, foram avaliadas diariamente tentativas de suicídio (TS) em adolescentes de 13 a 20 anos atendidas no Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre. Foram controladas variáveis como função cognitivaglobal e variáveis sócio-demográficas, bem como antecedentes pessoais e familiares de doença orgânica e psiquiátrica. Os adolescentes responderam a escalas de ideação e comportamento suicida, suspeita de transtorno mental e Depressão Maior (pelo DSM-III-R). Observaram-se 32 casos de TS, onde o método mais utilizado foi intoxicação exógena (88%). Mulheres perfizeram 84,4% da amostra, e a média de idade dos adolescentes foi de 16 anos e 7 meses. Seis por cento dos entrevistados relataram história pessoal de doença psiquiátrica. História familiar de abuso de álcool ou drogas e separação parental estiveram presentes no mínimo em metade dos casos; 47% dos jovens já haviam tentado suicídio anteriormente. Cerca de 68% dos sujeitos apresentaram déficit cognitivo. Preencheram critério para suspeita de transtorno mental, ideação e comportamento suicida, respectivamente, 75%, 87,5% e 69% dos casos. O diagnóstico de Depressão Maior esteve presente em 28% dos adolescentes. Conclui-se que o uso de escalas como as utilizadas neste estudo pode auxiliar na melhor compreensão e avaliação objetiva do risco de suicídio nesta faixa etária, onde o problema é tão prevalente. Palavras-chave: suicídio; desesperança; depressão; adolescência; risco de suicídio; tentativa de suicídio; comportamento suicida.

Antônio Carlos de Oliveira Corrêa.Depressão e suicídio no idoso: uma crucial questão em psicogeriatria. J bras Psiq, 45 (3): 149-157, 1996.

Resumo: O autor aborda a questão da depressão e suicídio no idoso, voltando ao clássico trabalho de Durkheim sobre o tema. Faz, a seguir, imi levantamento epidemiológico internacional e no Brasil, mostrando a importância do estudo mais acurado do problema. Em seguida traça o perfil das pessoas com risco ao suicídio, bem como levanta a psicodinâmica de tal ato. Finalmente, tecealgunuas considerações sobre a urgência do tratamento do mesmo, como hospitalização, psieofarmaeoterapia, psieoterapia do paciente e do grupo familiar e acompanhamento posterior. Como o Brasil é tini país que envelhece a olhos vistos, apesar de ainda ser conhecido como "País de jovens", o suicídio deve ser melhor destacado e estudado pelos especialistas para que a prevenção possa ser efetivamente utilizada e mais vidas possam ser salvas no futuro.
Palavras-chave: suicídio no idoso; prevenção do suicídio; depressão no idoso.

Lippi, José Raimundo da Silva et al.Suicídio na infância e adolescência. J bras Psiq, 39 (4): 167-174, 1990.

Resumo: Os autores encontraram nas estatísticas-oficiais, em estudo comparativo 73/88, mudanças pouco significativas na incidência de suicídio em menores de 16 anos de idade. Na população geral houve aumento de ocorrências nas cidades do interior do Estado e decréscimo significativo entre as mulheres. Em 1988, houve 24,8% de suicídios e tentativas na faixa etária de 13 a 21 anos. Num universo de 1.316 dessas ocorrências 25,8% eram jovens!
Palavras-chave: jovem, adolescente, suicídio

Nunes, Sandra Odebrecht Vargas. As depressões maiores: características clínicas e terapêuticas. J bras Psiq, 39 (6): 293-296, 7990.
Resumo: A autora revisa conceitos atuais, diagnóstico operacional, fenomenologia, correlatos biológicos e tratamento da depressão maior. Cerca de 15% das mortes em pessoas com depressão maior é pelo suicídio consumado, e a prevenção de suicídio poderá ser feita pelo reconhecimento e tratamento da depressão.
Palavras-chave: depressão maior; diagnóstico; tratamento; prevenção

Meis, Carla de; Vasconcellos, Ana Cláudia Pinheiro de. Suicídio e prostituição: tentativas de suicídio em uma população de prostitutas do baixo meretrício da Cidade do Rio de Janeiro e seus possíveis determinantes. J bras Psiq, 41(1): 51-53, 1992.

Resumo: Buscamos correlacionar o alto índice de tentativas de suicídio encontrado entre as prostitutas com os mecanismos de defesa utilizados pelas mesmas para se protegerem do estigma que sua profissão carrega; o alto índice de uso abusivo de álcool e outras drogas que atuam no sistema nervoso central; além da falta de atitudes preventivas em relação à SIDA (Síndrome de lmunodeficiência Adquirida). Um fator comum a todas essas características encontradas é um padrão de comportamento autodestrutivo, que culminaria com o proprio suicídio.
Palavras-chave: depressão maior; diagnóstico; tratamento; prevenção

Ventura, Paula et ali. Suicídio em fobia social. J bras Psiq, 41 (4): 163-165, 1992.

Resumo: Pouca atenção na pesquisa e na clínica psiquiátrica tem sido dada ao suicídio nas doenças de ansiedade. A doença do pânico e a fobia social são incapacitantes e o suicídio pode ser considerado uma solução. A co-morbidade aumenta o risco de suicídio. Relatamos um caso de fobia social generalizada -grave, sem co-morbidade, com tentativa de suicídio associada a ansiedade antecipatória.
Palavras-chave: suicídio; fobia social

Ludermir, Ana Bernarda. Suicídio, parassuicídio e desemprego. J bras Psiq, 43(5): 267-269, 1994.

Resumo: O desemprego vem se tornando a maior questão sócio-político-econômica do mundo ocidental desde a década de 70 e os seus custos sociais têm se revelado maiores do que se podia prever: Nas sociedades industrializadas já está bem estabelecido que os desempregados e suas famílias têm pior estado de saúde, quando comparados com os que estão trabalhando. A relação entre desemprego e doença mental tem sido particularmente forte nos estudos sobre suicídio e parassuicldio. A relação causal entre o desemprego e o estado de saúde é muito difcil de ser estabelecida. A questão que se coloca é se as pessoas com baixo nível de saúde são mais predispostas a se tornarem desempregadas ou se a experiência do desemprego traria um efeito adverso no estado de saúde. Existe a possibilidade de causalidade reversa e os estudos que avaliam os efeitos do desemprego no estado de saúde podem ter um "bias" dos efeitos da saúde no emprego.
Palavras-chave: suicídio; parassuiddio; desemprego.

Botega, Neury José et al. Tentativa de suicídio e adesão ao tratamento: um estudo descritivo em hospital geral. J bras Psiq, 44(1): 1325, 1995.

Resumo: Dados sócio-demográficos e clínicos foram coletados de fornir padronizada em uma amostra consecutiva de 156 casos de tentativa de suicídio (TS) atendidos no pronto-socorro de um hospita geral universitário. Um programa de atendimento piara esse; pacientes incluiu a constituição de uma equipe multidisciplina; e estratégias para o tratamento ambulatorial. A adesão ao tra tamento foi verificada após três meses da TS. Foram atendido: 110 (70,5%) mulheres e 46 (29,5%) homens, apresentando idade média de 27 anos e com 2/3 dos corsos abaixo de 30 anos Geralmente a TS foi ato impulsivo, com baixa intencionalidad, suicida. Excesso de medicamentos e ingestão de venenos foran utilizados em 60% e 20% dos casos, respectivamente. Desen tendimento com pessoa próxima ocorrido no último mês fo relatado por 70% dos pacientes, funcionando como desencadeantc da TS. Alguns pacientes já haviam passado por tratamento (35%) e internação (15%) psiquiátricos. O índice médio dc comparecimento à primeira consulta ambulatorial foi de 55%, sendo maior quando havia facilidade de transporte (65-78%) e história de tratamento (68%) e de internação (79%) psiquiátricos, Após três meses da TS, o abandono do tratamento chegou a 59%. Estratégias para se aumentar a adesão através do correio não foram eficazes. Ao final desse período, os casos que permaneciam em tratamento em nosso serviço eram em sua maioria de transtornos psiquiátricos estabelecidos, semelhantes aos de um ambulatório psiquiátrico geral.
Palavras-chave: tentativa de suicídio; adesão ao tratamento.

Santos-Stubbe, Chirly dos. Suicídio como fator de alto risco entre as empregadas domésticas no Rio de Janeiro. J bras Psiq, 44(10): 519-527, 1995.

Resumo: A autora analisa através de uma amostra de 130 empregadas domésticas atro-brasileiras da cidade do Rio de janeiro diversos aspectos psicológicos, psiquiátricos e sociológicos que influenciam os altos índices de suicídio neste grupo profissional. Uma discussão teórica centrada em tais fatores formam o conteúdo do artigo. Considerando dados de outros autores, a autora chega a conclusão de que este grupo profissional representa, em correlação corar as condições de trabalho, de vida e de saúde do grupo, um alto risco no que diz respeito ao suicídio.
Palavras-chave: tentativa de suicídio; empregada doméstica afro-brasileira; teorias suicidológicas; síndrome pré-suicida.

Dutra, Elza Maria do Socorro. Características epidemiológicas do suicídio de jovens no Rio Grande do Norte: 1985 a 1996. Anais do 1º Congresso Norte-Nordeste de Psicologia - 1999. http://www.ufba.br/~conpsi/conpsi1999/P224.html

Resumo: Os estudos epidemiológicos do suicídio de jovens, tanto no Brasil quanto em outros países, mostram um aumento significativo de ocorrências nos últimos anos. A despeito dessa constatação, as pesquisas sobre suicídio de adolescentes no Brasil ainda são insuficientes, considerando-se a importância do tema, que demanda mais atenção. No nordeste, são conhecidos os estudos de Bastos (1974), em Pernambuco, Pontes (1986), no Ceará e no Rio grande do Norte, são pioneiros os estudos de Dutra (1998). Este trabalho objetiva apresentar as características epidemiológicas do suicídio de jovens entre 10 e 24 anos, no estado do Rio Grande do Norte, no período de 1985 a 1996. Os dados foram coletados no Instituto Técnico de Polícia do Estado, através dos laudos cadavéricos e tratados estatisticamente, em números brutos e percentuais. Características como sexo, idade, estado civil, local de residência, profissão e método utilizado foram relacionados entre si. Os resultados mostram que no período estudado ocorreram 152 suicídios de jovens. Desses, 69% são do sexo masculino e 31% , do feminino; 48,5% residiam em Natal, na zona urbana e capital do estado e 50,6%, no interior. 82,9% dos jovens são solteiros e 10,5% , casados. Os estudantes representam 30,3%; domésticas/do lar, 15,1%; agricultores, 11,8%; militares, 3,9% e outras, 25%. Quanto ao meio utilizado, 48,7% se enforcam; 24,3% usam arma de fogo; 11,2% se envenenam; 9,2% ateam fogo às vestes. Os resultados constatam um significativo aumento no número de suicídios de jovens no estado, confirmando, assim, estudos realizados em outras regiões do país. Além disso, tais evidências ensejam outros estudos que possam contemplar os aspectos psicossociais e culturais do suicídio de jovens, o que só irá contribuir para o aprofundamento desse fenômeno.
Palavras-chaves: Suicídio de jovens, Epidemiologia, Suicídio no Rio Grande do Norte.

Gawryszewski, Vilma Pinheiro; Jorge, Maria Helena Prado de Mello. Mortalidade violenta no Município de Säo Paulo nos últimos 40 anos. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 3, n. 1-3, p. 50-69, 2000.

Resumo: Foram estudados os 9.137 casos de mortes violentas ocorridos no Município de Säo Paulo, no ano de 1999, em residentes desse Município. Para isso foi utilizado o universo dos óbitos ocorridos no Município através do banco de dados do Programa de Aprimoramento de Informações (PRO-AIM). O objetivo foi caracterizar, do ponto de vista epidemiológico, essa mortalidade segundo as causas básicas de morte e as características das pessoas no ano de 1999 e atualizar os dados de série histórica de mortalidade por causas externas, relativa ao período dos últimos quarenta anos. Os resultados revelam a importância da mortalidade por causas violentas no Município, responsáveis por 14,2 por cento do total de mortes. Os coeficientes de mortalidade (por 100.000 habitantes) encontrados foram de 92,1 para ambos os sexos, 166,4 para o masculino e 22,8 para o feminino. A razäo entre os coeficientes masculino/feminino foi de 7,3 variando conforme a idade e o tipo de violência. A faixa etária que proporcionalmente concentrou o maior número de mortes foi de 15 a 39 anos, mas em relaçäo aos coeficientes, além do adulto jovem, as idades de 70 anos e mais também apresentaram taxas em níveis altos. Em relaçäo aos tipos de violência, os homicídios concentraram 64,6 por cento do total destas mortes. Os acidentes de trânsito foram responsáveis por 14,7 por cento; os "demais acidentes", 11,8 por cento; os suicídios, 4,8 por cento e as mortes classificadas como decorrentes de causas externas de tipo ignorado, 4,0 por cento. O coeficiente de mortalidade por acidentes de trânsito foi 13,6/100.000 habitantes, sendo que 52,6 por cento das mortes foram devidas a atropelamentos. Em relaçäo à idade, os altos coeficientes exibidos pelo adulto jovem decorreram principalmente de colisões, enquanto que os da faixa etária a partir de 65 anos foram resultantes de atropelamentos. O coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) para os homicídios foi de 59,4 para ambos os sexos, 114,3 para o masculino e 8,3 para o feminino. Suas principais vítimas foram indivíduos do sexo masculino, com idade entre 15 e 24 anos. A comparaçäo no tempo mostrou que os coeficientes de mortalidade aumentaram 90 por cento, entre 1960 e 1999, sendo que os acidentes de trânsito foram os principais responsáveis pelo aumento até 1975 e os homicídios, na década de 80. Estes cresceram 906,8 por cento no período, especialmente para as faixas mais jovens (10 a 24 anos).

Costa, Beethoven Hortencio Rodrigues da; Dutra, Elza Maria do Socorro; Costa, Laiane Cunha da. Suicídio: problema social e de saúde pública. Um levantamento quantitativo no Scielo. XI Semana de Humanidades UFRN 2003. e-mail:beethovenhrc@yahoo.com.br

Resumo: Por Platão, Aristóteles, Hume, Kant, Camus e Durkheim, o suicídio foi abordado de várias maneiras. Entretanto, constata-se que ainda há poucas pesquisas sobre o assunto. Isto ficou evidente em uma pesquisa que realizamos no site do Scielo, The Scientific Electronic Library Online - SciELO especificamente nos periódicos de Ciências Humanas, em número de dezessete, nos últimos cinco anos, foi encontrado um único artigo: POZ, João Dal.Crônica de uma morte anunciada: do suicídio entre os Sorowaha. Rev.Antropol.,2000,vol.43, no.1, p.89-144.ISSN 0034-7701. Considerando que em alguns países, o suicídio é um problema de saúde pública, também foram pesquisados periódicos por assunto de saúde púbica, sendo encontrados doze artigos. Portanto, vê-se a necessidade de abordar esse tema diretamente relacionado ao sofrimento psíquico, consistindo num problema social e de saúde pública. Desses artigos, dois são do periódico Salud pública México, quatro da Revista de Saúde Pública e seis do Caderno de Saúde Pública, nos quais, são estudados por exemplo: a epidemiologia da intoxicação aguda por inseticidas, ideação suicida e características associadas em mulheres adolescentes, variações sazonais do suicídio. A informação científica é necessária para o conhecimento e resolução desse problema, por isso deve ser disseminada em congressos, artigos, etc; onde se deve ter como primordial que o suicídio é multideterminado, isto é, ele não pode ser atribuído ou justificado por uma única causa. O suicídio é a combinação de fatores biológicos, emocionais, sócio-culturais, filosóficos e religiosos que, culminam numa manifestação exacerbada contra si mesmo.

Ferreira, Luiza Aparecida; Luis, Margarita Antonia Villar. A construção do processo que culminou num episódio de queimadura: relato da história de vida de pacientes queimadas. Revista da Escola de Enfermagem USP, São Paulo, v. 36, n. 2, p. 125-132, 2002.

Resumo: O presente estudo busca compreender os motivos que levam pessoas a optar pela queimadura como forma de autodestruição. Baseados nos depoimentos de duas pacientes, que apesar de apresentarem características distintas, têm em suas histórias de vida, pontos comuns, que podem ter influenciado na sua decisão. A identificação de perturbações emocionais ou psíquicas nessas pacientes, assinala a importância da presença de um profissional especializado em Saúde Mental na Unidade de Queimados, o qual, proporcione suporte à equipe multiprofissional para que esta dispense uma assistência.

Falconi, Renán García. O suicídio adolescente: análise de variáveis preditivas
Acesso restrito: http://www.psicologia.com.pt/areas/subarea.php?cod=d4B

Resumo: Este estudo analisa a influência conjunta das variáveis psicológicas, familiares, demográficas e religiosas na predição da intenção suicida em adolescentes. A amostra, seleccionada aleatoriamente, foi composta por 51 sujeitos do género masculino e 60 do género feminino com idades entre os 14 e os 18 anos. Foi efectuada uma análise da trajectória tendo-se estabelecido como variável critério a intenção suicida e como variáveis preditoras a “ansiedade estado” e a “ansiedade traço”, a depressão, as atitudes face ao suicídio, a ideacção suicida e o motivo para o suicídio, a assistência religiosa, o nível sócio-económico e o género. Verificou-se que a ideacção suicida, a ansiedade traço, o motivo e a depressão estão relacionados com a intenção suicida. Contudo, na análise da trajectória apenas a ideacção suicida se revelou um preditor directo e a ansiedade traço um preditor indirecto da intenção suicida.
Palavras-chave: Suicídio, ideacção suicida, motivos, depressão, atitude face ao suicídio, ansiedade.

Folino, J. O; Marchiano, S. E.; Sanchez Wilde, A. Suicidios en convictos bonaerenses. Revista Argentina de Psiquiatría Vol. XIV - Nº 54 - Dic.2003-2004 - Enero/Feb. 2004

Resumo: Durante el período Enero 2000 – Julio 2002 hubo 29 casos de suicidio en las prisiones y hospitales psiquiátrico forenses del Servicio Penitenciario Bonaerense. La tasa anual de suicidio en convictos para el año 2000, fue 14 veces la de la población de la Provincia de Buenos Aires. El 93% de los suicidas fue varón. Entre otros factores y condiciones de riesgo que se describen en el estudio, se destaca la vulnerabilidad de la población psiquiátrico forense.
Palavras-chave: Suicidio, Prisión, Convicto, Prevención suicida.

Yunes, João ; Zubarew, Tamara. Mortalidad por causas violentas en adolescentes y jóvenes:un desafio para la región de las Américas . Revista brasileira de epidemiologia, v. 2, n. 3, p. 102-71, 1999.

Resumo: Este trabajo describe la tendencia de la mortalidad por homicidios, suicidios, accidentes de tráfico y otras causas externas, en la población total, adolescente y joven, de 16 países de la Región de las Américas. Se utiliza información del período comprendido entre los años 1980 y para el ultimo año disponible de la decada de 1990, proveniente del Banco de Datos de la Organización Panamericana de la Salud. Se realiza una descripción diferencial de los subgrupos de adolescentes y jóvenes, por edad y sexo. Los resultados demuestran que en la mayor parte de los países (Canadá, EEUU, Ecuador, México, Chile, Costa Rica, Trinidad & Tobago y El Salvador) hay una tendencia decreciente en la mortalidad por causas externas, tanto en la población total como en adolescentes y jóvenes. Colombia y Brasil son los únicos países analisados que presentam tasas de mortalidad por causas externas francamente ascendentes en los grupos estudiados. Los países con mayores tasas de mortalidad por causas externa en adolescentes y jóvenes, en orden decreciente, son: Colombia, El Salvador, Venezuela, Brasil y Puerto Rico. Los accidentes de tráfico son el determinante principal de la mortalidad por causas externas en la población total como en adolescentes y jóvenes, presentando tendencias decrecientes en casi todos los países estudiados. En 10 países se observa un ascenso progresivo de la mortalidad por homicidio en todos los grupos estudiados (Colombia, Puerto Rico, Trinidad & Tobago, Argentina, Uruguay, Panamá, EEUU, Venezuela, Ecuador y Brasil). Los países con mayores tasa de mortalidad por homicidio entre los varones de 15 a 19 años son, en orden decreciente: Colombia, El Salvador, Puerto Rico, Venezuela y Brasil. Los varones de 20 a 24 años presentan las tasas mas altas de homicidio dentro de los grupos estudiados. Hay un aumento alarmante de la tasa de homicidio en el grupo de varones de 15 a 19 años, especialmente en EEUU y Brasil. La mortalidad por suicidio es un problema creciente entre adolescentes y jóvenes de Cuba, Canadá, EEUU, Trinidad & Tobago, Argentina y El Salvador. Las tasas crecientes de mortalidad por homicidio reflejan la necesidad inminente de programas de vigilancia dirigidos a adolescentes y jóvenes de la Región de las Américas.

Pages, Kenneth P.et al. Determinants of Suicidal Ideation: The Role of Substance Use Disorders
Fonte: J Clin Psychiatry 1997;58:510_515

Resumo: Este trabalho testa a hipótese de que a quantidade de substâncias psicoativas consumida é um fator de risco para o suicídio.

Método - 891 pacientes hospitalizados com diagnóstico de depressão sem psicose receberam uma avaliação padronizada com estudo estatístico correspondente.

Resultados - Confirmou-se o achado anterior para o risco de suicídio: diagnóstico de depressão, sexo masculino, desemprego, tratamento involuntário e ideação suicida aumentam as chances de tentativa de suicídio. Nesta amostra confirmou-se também a hipótese do trabalho, de fato, como variável independente. O paciente que abusa de álcool ou drogas era mais propenso a cometer suicídio.

Conclusão - Este resultado serve como alerta aos profissionais que atendem pacientes como ideação suicida e abuso de substâncias psicoativas. O acompanhamento desses casos deve ser mais próximo, devendo-se inclusive tentar controlar o problema dos abusos.

Artigos científicos com indicação de fonte e sem resumo

Botega, N. J.; Cano, F. º; Knoll, A.I.; Pereira, W. A. B. & Bonardi, C. M. Tentativa de suicídio e adesão ao tratamento: um estudo descritivo em hospital geral. Jornal Brasileiro de Psiquiatria 44(1):19-25, 1995.

Botega, N. J.Suicídio e tentativa de suicídio. Em Almeida, O. P.; Dratcu, L. & Laranjeira, R. Manual de Psiquiatria. Editora Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, pp. 221-227, 1996.

Rapeli, C. B. & Botega, N. J. Tentativas de suicídio envolvendo risco de vida: internações em um hospital geral. Jornal Brasileiro de Psiquiatria 47(4):157-162, 1998.

Botega, N.J.Tentativa de suicídio: atendimento no hospital geral. Em Associação Brasileira de Psiquiatria. Cidadania e Direito à Saúde Mental. Frôntis Editorial, São Paulo, pp. 117-122, 1998.

Moraes, Z.V. & Botega, N.J. Internações por tentativa de suicídio na Enfermaria de Psiquiatria do HC-Unicamp (1987-1996). Rev. Bras. Med. Psicossomática 1 (4): 127-130, 1998.
Botega, N.J.Suicídio e Tentativa de Suicídio. In: Lafer, B. Depressão no Ciclo da Vida. Artes Médicas, Porto Alegre, 2000.

Cassorla, R. M. S. Considerações sobre o processo analítico com pacientes potencialmente suicidas. In Fichtner, N. (Org.) Transtornos mentais da infância e adolescência. Porto Alegre, Artes Médicas, pp.291-302,1997.

Cassorla, R. M. S. Autodestruição humana. Cadernos de Saúde Pública 10 (supl. 1): 61-73, 1994.

Leal, O.F. Suicídio, honra e masculinidade na cultura gaúcha. Cadernos de Antropologia, N.6, 1992.

Meihy, José Carlos Sebe Bom. A morte como apelo para a vida : o suicídio Kaiowá. In: Santos, Ricardo Ventura; Coimbra Júnior, Carlos E. A., orgs. Saúde e povos indígenas. Rio de Janeiro : Fiocruz, 1994. p. 243-51.

Meihy, José Carlos Sebe Bom. Suicídio Kaiowá. Carta, Brasília : Gab. Sen. Darcy Ribeiro, n. 9, p. 53-60, 1993.

Kaplan H.I.; Sadock B.J.; Grebb J.A. Emergências Psiquiátricas - Suicídio. In: Compêndio de Psiquiatria. 7a Edição. Artes Médicas. Porto Alegre, 1997, 753-756.

Morgado, Anastácio F. Epidemia de suicídio entre os Guarani-Kaiowá : indagando suas causas e avançando a hipótese do recuo impossível. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro : Fiocruz, v. 7, n. 4, p. 585-98, out./dez. 1991.

Pereira, Maria Aparecida da Costa. Uma rebelião cultural silenciosa: investigação sobre os suicídios entre os Guarani (Nhandeva e Kaiowá) do Mato Grosso do Sul. Brasília : Funai, 1995. 55 p. (Índios do Brasil, 3)

Vansan, Gerson Antônio. Risco de suicídio nas emergências. Revista de Neurobiologia, v.48, n.4 , p.307-16, 1985.

Vansan, Gerson Antônio. Mortalidade por suicídio segundo a idade e o sexo no município de Ribeirão Preto. Revista de Neurobiologia, v.49, n.1 , p.61-8, jan./mar. 1986.

Vansan, Gerson Antônio. Suicídio: meios autodestrutivos utilizados no município de Ribeirão Preto. 1987. Revista de Neuropsiquiatria e Ciências Sociais, v.50, p.47-56, 1987.

Vansan, Gerson Antônio. Suicídio: correlação entre idade e meios utilizados pelos suicidas no município de Ribeirão Preto. Recife 1988. Revista de Neuropsiquiatria e Ciências Sociais, Recife, v.51, n.2 , p.113-20, abr./jun. 1988.

D'andrea, F. F. Achatz, M. H. Sentimentos e opiniões de médicos residentes e estudantes de medicina sobre suicídio em seu meio. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v.36, n.6 , p.329-33, 1987.

Dutra, Elza Maria do Socorro. Depressão e suicídio em crianças e adolescentes. Revista Mudanças, UMESP, V.9 - N.15- jan/jun 2001.

Grossi, R., Marturano, E. M., Vansan, G. A. Epidemiologia do suicídio - uma revisão da literatura. Jornal Brasileiro de Psiquiatria. Rio de Janeiro: v.6, p.193 - 202, 2000.

Carneiro, J J Ferreira, K. K. W.; Rodrigues, A. J.; Vicente, W. V. A.; Sader, A. A. Traumatismo do esôfago torácico em tentativa de suicídio: relato de caso. Congresso de Cirurgia de Ribeirão Preto, 1992.

Kolck, Odette Lourenção van; Neder, C. R. Imagem corporal em tentativas de suicídio por ingestão de substâncias cáusticas. Revista Brasileira de Pesquisa em Psicologia, São Caetano do Sul, v.3 , n.3 , p.39-45, set. 1991.

Vansan, G. A. e Mantovani, H. T.; Favero, R. V. Suicídio: aspectos psicodinâmicos. Revista Neurobiologia, Recife, v.54, n.2 , p.73-80, 1991.

Santos, Manoel Antônio dos. Incidência do uso de drogas e de risco de suicídio na população que busca assistência psicológica em clínica-escola. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia, Ribeirão Preto, 1995.

Teixeira, A. M. F.; Luis, Margarita Antonia Villar. Suicídio , lesões e envenenamento em adolescentes. Encontro de Pesquisadores em Saúde Mental, 4º Encontro de Especialistas em Enfermagem Psiquiátrica, 3. Anais. Ribeirão Preto : Eerp-Usp, 1995.

Teixeira, A. M. F.; Luis, Margarita Antonia Villar. Suicídio, lesões e envenenamento em adolescentes: um estudo epidemiológico. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 5, n. esp., p. 31-36, mai. 1997.

Byington, C. Aspectos psiquiátricos do suicídio. Boletim de Psiquiatria, vol 12 (1-4), : 13-32, 1979. Cassorla, R.M.S. Características de famílias de jovens que tentam suicídio em Campinas Brasil. Um estudo comparativo com jovens normais e psicóticos. Acta Psiquiátrica e Psicológica da America Latina, 30 : 125-134, 1984.

Cassorla, R.M.S. Autodestruição humana. Ciencia&Saúde Coletiva, 10(supl. 1): 61-73, 1994.

Minayo, M.C.S. A autoviolência, objeto da sociologia e problema de saúde pública. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, 14(2):421-428, 1998.

Noronha, O. R.; Loureiro, S. R. G. Reflexões sobre a análise de um paciente com tendências suicidas. Mudanças, Universidade Metodista de São Paulo, ano VI, no 10, 1998.

Resmini, E. - A Tentativa de Suicídio na Adolescência. In: Granã, R. Técnicas Psicoterápicas na Adolescência. Porto Alegre, Artes Médicas, 1984

Silva, Antonio Carvalho; Reimão, Rubens Nelson Amaral de Assis ; Souza, José Carlos Insônia, depressão e suicídio em populações indígenas. In: Reimão, R. N. A. (org.) Tópicos selecionados de medicina do sono. São Paulo: Associação Paulista de Medicina, 2002.

Labate, Renata Curi et al. Suicídio: motivos referidos por pacientes que sobreviveram à tentativa. Simpósio Internacional Inovação e Difusão de Conhecimento em Enfermagem. Ribeirão Preto: EERP-USP, 2003.

Igue, Cristina Emiko; Rolim, Marli Alves; Stefanelli, Maguida Costa O suicidio e suas representações sociais: esquemas organizadores da comunicação acerca do fenômeno. Simpósio Brasileiro de Comunicação em Enfermagem, 8 (SIBRACEN) 2002 RIbeirão Preto.

Dias, Rodrigo S. et al. Diferenças de gênero e suicídio. Boletim de transtornos afetivos e alimentares, n. 14, p. 3-4, 2001.

Oswaldo Frota-Pessoa. Genética da depressão e profilaxia do suicídio. Documed, Rio de Janeiro, n. 1, p. 5-9, 1991.

Frota-Pessoa, Oswaldo et al. Como prevenir suicídios: em busca de um método. Documed, Rio de Janeiro, n. 1, p. 77-79, 1991.

Prats, L. Aspectos culturais do suicídio. Revista da Associação Portuguesa. Psicologia – Morte e Suicídio. Vol. V, nº 2. Lisboa: 1987.

Oliveira, Cleane de. Suicídio entre povos indígenas: um panorama estatístico brasileiro. Revista de Psiquiatria Clínica, São Paulo, v. 30, n. 1, p. 4-10, 2003.

Avanci, Rita de Cássia et al. Relação de ajuda enfermeiro-paciente pós-tentativa de suicídio. Simpósio Internacional Inovação e Difusão de Conhecimento em Enfermagem; Ribeirão Preto: EERP-USP, 2003.

Lippi, José R. da S. Ameaça e tentativa de suicídio na infância. Rio de Janeiro: Cidade-Editora Científica, 1976. Folha Médica, Rio de Janeiro. 73 (3):301-315, Set. 1976. (Separata)

Jouclas, Vanda Maria Galvão; Polak, Ymiracy Nascimento de Souza. Taxas de mortalidade devido as causas violentas por suicídio entre adultos jovens no estado do Paraná, 1987/1997. Florianópolis: Associação Brasileira de Enfermagem, 1999. Congresso Brasileiro de Enfermagem, 51º Congresso Panamericano de Enfermería.

Hernandez, C. C. A.; Teixeira, A. M. F.; Luis, Margarita Antonia Villar. Tendências na incidência de suicídio no município de São Paulo entre 1980 e 1995. Simpósio de Iniciação Científica da Universidade de São Paulo, 1998.

Rozas,Lidia; Zygier, Beatriz. Vínculos Patológicos: La violencia familiar. Del parricidio al suicidio. Aprendizaje hoy número 41, Buenos Aires.

Projetos de pesquisa

Assistência de enfermagem ao paciente com intoxicação por paraquat

Daniella de Paula Moidano, Sylvia Marocchio Martins, Profa. Dra. Rachel Noronha (orientadora), Depto. de Enfermagem, Faculdade de Ciências Médicas - FCM, UNICAMP

Este estudo relata a experiência vivenciada em uma Unidade de Internação de Emergência Clínica, com um paciente intoxicado por paraquat. O estudo da substância tóxica em seus aspectos farmacológicos, manifestações clínicas, tratamento e prognóstico, subsidiou a assistência proposta. Abordamos também os produtos compostos por paraquat, os exames diagnósticos e suas formas de coleta. Salientamos a importância de uma assistência integral a estes pacientes, dando ênfase, a seus aspectos psicológicos, já que a maioria destes pacientes tentaram suicídio. A assistência de enfermagem descrita, visa melhorar os cuidados prestados a estes pacientes, durante sua evolução. Realizou-se revisão de literatura sobre o assunto em questão, a fim de conhecer as condutas de urgência e manutenção da vida do paciente, objetivando uma assistência satisfatória, que aborde o paciente em sua totalidade. Para complementar os dados, utilizamos o prontuário para análise. O enfermeiro, quando em assistência a estes pacientes, deve observar atenciosamente sua evolução, para fornecer-lhe assistência individualizada, e também orientar sua equipe. Neste contexto conclui-se a necessidade de estabelecer junto a ele uma comunicação eficaz que o valorize, e propicie junto as intervenções de enfermagem o maior conforto possível.

Palavras-chave: Assistência de Enfermagem - Paraquat - Intoxicação

Fonte: http://www.prp.unicamp.br/pibic/CadernoVCongres.doc
V congresso interno de Iniciação Científica 17 a 21 novembro 1997
Projetos da área de ciências biomédicas - Faculdade de Ciências Médicas.

Topo

Publicações  |  Página Principal