Página Principal

Textos diversos

Notas da imprensa

Publicações (teses, livros, artigos)

Eventos sobre o tema

Outras páginas sobre o tema

Instituições de Prevenção e Estudos

Contato

 

 

Suicídio - conhecer para prevenir



Mais informações sobre a obra

Suicídio e Tempestades Magnéticas - Que Relação?
Susana Ramos
Quarteto Editora, Coimbra, 2003.

Embora ainda rodeado de alguns mistérios, o suicídio continua a ser uma realidade: existe desde que o homem existe, em todos os tempos e em todos os lugares; aparece quase todos os dias nos jornais; a literatura, o teatro e o cinema recordam-no frequentemente. Ultimamente, muito se tem falado, muito se tem escrito e muito se tem discutido sobre a temática tentativa de suicídio/suicídio: psicólogos, médicos, assistentes sociais, sociólogos, antropólogos, entre muitos outros especialistas, têm-se dedicado a este tema. Havendo muitos escritos sobre as causas dos comportamentos suicidários, considera-se que as principais se relacionam com factores sociais (situação familiar, situação profissional, condições religiosas, circunstâncias políticas e económicas, estrutura e densidade sociais, etc.), factores biológicos (depressão, agresividade, etc.), factores psicodinâmicos e factores físicos (influências geodemográficas, influências corporais normais, como seja a idade, o sexo, a raça e o temperamento, influências corporais mórbidas, etc.). De vez em quando aparecem referências à influência do estado atmosférico e dos factores cósmicos, referências essas que têm mais um carácter especulativo do que científico. Funciona-se, neste domínio, quase sempre, no campo das hipóteses dos "ses", havendo muito pouca investigação (refira-se que, em Portugal, apenas Bento Rodrigues escreveu acerca da possível influência dos factores climáticos na saúde e na doença humanas). Com este estudo, pretende dar-se uma contribuição para o esclarecimento da existência, ou não, de uma eventual relação entre tempestades magnéticas, factores climáticos e comportamentos suicidários, estando ciente de que não é uma tarefa fácil, dado o reduzido número de escritos e de investigação sobre a temática.

Assim, num primeiro momento, é feita uma breve exposição acerca do geomagnetismo, dando particular realce ao fenómeno das tempestades magnéticas; seguidamente, são tecidas algumas considerações gerais sobre o estado de tempo e o clima. Após a exposição destas duas temáticas, é abordada a problemática do suicídio/tentativa de suicídio, terminando com uma enumeração dos estudos já realizados sobre a influência das tempestades magnéticas e dos factores climáticos sobre a saúde e a doença humanas. Num segundo momento, é feita a apresentação dos materiais e dos métodos utilizados neste estudo, seguida da apresentação de resultados e, por fim, de uma discussão dos mesmos. Por fim, conclui-se a ideia popular de que as tempestades magnéticas interferem no comportamento humano, em geral, e no comportamento suicidário, em particular é ou não correcta, podendo desde já adiantar que é possível que os comportamentos suicidários tenham mais a ver com factores de índole psicossocial ou alterações psicopatológicas do que com a influência dos factores atmosféricos e cósmicos.

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I - BREVE EXPOSIÇÃO ACERCA DO GEOMAGNETISMO

1. Os estudos sobre a história do magnetismo
1.1. A descoberta da pedra íman
1.2. O poder mágico do íman
1.3. As primeiras teorias sobre a atracção magnética
1.4. A bússola
2. O campo magnético terrestre
2.1. O magnetismo e os campos magnéticos
2.2. A origem do campo magnético terrestre
2.3. As variações do campo magnético terrestre
2.4. A variação diurna em Coimbra
2.5. A cabeleira magnética da Terra
2.6. O espectro geomagnético
2.7. As causas das anomalias magnéticas
2.8. As bússolas biológicas
2.9. As observações geomagnéticas
3. O Observatório Magnético de Coimbra
4. O Sol
4.1. A história do Sol
4.2. A constituição física do Sol
4.3. As manchas solares
4.4. O ciclo solar
4.5. As erupções solares
4.6. As auroras boreais
4.7. A energia enviada pelo Sol
4.8. A interacção Sol - Terra
4.9. A influência do Sol no clima
4.10. O inexplicável
5. As tempestades magnéticas
5.1. Definição
5.2. Os efeitos das tempestades magnéticas

CAPÍTULO II - CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O ESTADO DE TEMPO E O CLIMA

1. A atmosfera - elemento da paisagem terrestre
1.1. A composição da atmosfera
1.2. As funções da atmosfera
2. O estado de tempo e o clima
3. Os principais elementos do clima
3.1. A temperatura
3.1.1. A variação diurna da temperatura
3.1.2. A variação anual da temperatura
3.2. O vapor de água na atmosfera
3.2.1. A precipitação
3.2.2. A humidade
3.3. A pressão atmosférica - o ar em movimento

CAPÍTULO III - A PROBLEMÁTICA DO SUICÍDIO/TENTATIVA DE SUICÍDIO

1. O suicídio e a tentativa de suicídio
1.1. Introdução
1.2. Perspectiva histórico-filosófica
13. A noção de suicídio e de tentativa de suicídio
1.4, A conduta suicida
1.5. A epidemiologia
1.6. As escalas de avaliação do risco de suicídio
2. A heterogeneidade das condutas suicidas, pluralidade de funções - princípios de uma tipologia
3. A tentativa de suicídio adolescente como comunicação paradoxal
4. Os modelos teóricos
4.1. O modelo psicológico
4.2. O modelo nosológico
4.3. O modelo sociológico
5. Os métodos de estudo do suicídio
5.1. O estudo das estatísticas
5.2. O estudo das tentativas de suicídio e/ou casos de tratamento
5.3. A autópsia psicológica
5.4. O estudo monográfico do suicídio
6. As causas do suicídio
6.1. Os factores físicos
6.1.1. O estado atmosférico
6.1.2. O suicídio e os factores cósmicos
6.1.3. As influências geo-demográficas
6.1.4. As influências corporais normais
6.1.4.1. A idade
6.1.4.2. O sexo
6.1.4.3. A raça e o temperamento
6.1.5. As influências corporais mórbidas
6.2. Os factores sociais
6.2.1. A situação familiar
6.2.2. A situação profissional
6.2.3. As condições religiosas
6.2.4. As circunstâncias políticas e económicas
6.2.4.1. As condições políticas
6.2.4.2. As condições económicas
6.2.5. A estrutura e a densidade sociais
6.3. Os factores biológicos
6.4. Os factores psicodinâmicos
6.5. Os factores precipitantes
7. Os procedimentos de execução
7.1. Os procedimentos do suicídio
7.2. O aspecto estatístico
7.3. A psicologia da escolha
7.4. As formas da conduta suicida
7.5. As formas de suicídio
7.5.1. A perspectiva psicológica
7.5.2. O suicídio automático
7.5.3. O suicídio emotivo
7.5.4. O suicídio passional
7.5.5. O suicídio racional
8. A promoção dos suicidas
8.1. A hereditariedade do suicídio
8.2. A teoria do suicídio para os evolucionistas
8.3. O suicídio e as doenças mentais
9. Os determinantes do suicídio
9.1. A defesa
9.2. A punição
9.3. A agressão
9.4. A oblação
9.5. O ludismo
9.6. Da ideia ao acto
10. Breve referência ao estudo de Daniel Sampaio e ao estudo do suicídio consumado na cidade do Porto (1981-1989)
10.1. Estudo de Daniel Sampaio
10.2. Estudo do suicídio consumado na cidade do Porto: 1981-1989

CAPÍTULO IV

1. Estudos acerca da influência das tempestades magnéticas e dos factores climáticos sobre a saúde e a doença humanas
1.1. As doenças mentais
1.2. As cólicas
1.3. A cárie dentária
1.4. As doenças do coração
1.5. As doenças infecciosas
1.6. As doenças do aparelho respiratório
1.7. O cancro
1.8. As doenças dos olhos
1.9. As doenças reumáticas
1.10. O bócio
1.11. As doenças de pele
1.12. As úlceras
1.13. A temperatura alta desperta a agressividade
1.14. A incidência sazonal das psicoses afectivas bipolares
2. Os efeitos das manchas solares
3. As aplicações do magnetismo ao corpo humano

CAPÍTULO V - MATERIAIS E MÉTODOS

1. Recolha de dados dos suicídios / tentativas de suicídio
2. Recolha de dados de factores climáticos
3. Recolha de dados sobre tempestades magnéticas

CAPÍTULO VI - APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS

a) Descrição dos dados
b) Abordagem exploratório-correlacional
c) Abordagem inferencial

CAPÍTULO VII - DISCUSSAO

CAPÍTULO VIII - CONCLUSÕES

BIBLIOGRAFIA

Volta

Para-Suicídio - Contributos para uma compreensão clínica dos comportamentos suicidários recorrentes
Carlos Braz Saraiva
Quarteto Editora, Coimbra, 2003.

O suicídio, mesmo cometido em público, persiste como o mais misterioso acto do ser humano. Esta simples frase encerra a condição humana, as suas maiores inquietações e perplexidades. Quando Donne no Biathanatos (1644) se refere ao auto-homicídio, não com o sinete do pecado mas com a reflexão de que o que é natural à espécie nem sempre o é para o homem, desperta para a complexidade dos mecanismos da mente. Na verdade, talvez que, depois do sexo, o último tabu do final do século XX seja a morte. (…) Ainda que haja um maior reconhecimento da necessidade de identificar e tratar os doentes com comportamentos suicidários recorrentes, não há nenhuma teoria coerente acerca deste fenómeno, que possa orientar a prática clínica. (…) Como dizia Voltaire no Cato, "o homem que hoje se mata, num momento de melancolia, desejaria viver se esperasse uma semana".

Prefácio

I PARTE - O ESTADO DA ARTE

Capitulo 1- Introdução

1.1. - Nota Preambular
1.2. - História das Ideias
1.2.1.-Etimologia
1.2.2. - Religião
1.2.3. - Filosofia
1.2.4.-Direito
1.3.-A Questão dos Conceitos
1.3.1.-Definições
1.3.2. - Suicídio e Para-suicídio
1.3.3. - O problema das auto-lesões
1.4. - Teorias e Modelos
1.4.1.-Teorias sociais
1.4.2. - Teorias comunicacionais
1.4.3. - Teorias etológicas e ecológicas
1.4.4. - Teorias psicodinâmicas
1.4.5. - Teorias cognitivas
1.4.6. - Teorias biológicas
1.4.7. - Modelos integrais
1.5. - Epidemiologia
1.5.l.-Aquestão dos registos
1.5.2. - Suicídio
1.5.3. - Para-suicídio
1.6.-PactoresdeRisco
1.6.1. - Factores sociodemográficos
1.6.2.-Família
1.6.3. - Acontecimentos de vida
1.6.4. - Doença somática
1.6.5. - Desenvolvimento e adolescência
1.6.6. - Probabilidade suicida
1.7. - Psicopatologia
1.7.1.- Suicídio
1.7.2. - Para-suicídio
1.8. - Avaliação Clínica
1.8.1.-Atitudes
1.8.2. - Entrevista
1.9. - Terapêutica e Prevenção
1.9.1. - Internamento
1.9.2. - Psicoterapia
1.9.3. - Tratamento psicofarmacológico
1.9.4. - Prevenção

II PARTE - CONTRIBUIÇÃO PESSOAL

Capítulo 2- Objectivos e Plano do Estudo

2.1.-Objectivos
2.2. - Hipóteses

Capítulo 3-. Material e Métodos

3.1.-Material
3.1.1. - Amostras de doentes
3.1.2. - Amostra de controlo
3.2. - Métodos
3.2.1- Entrevista
3.2.2 - Quadros clínicos e instrumentos psicométricos
3.2.3. - Análise estatística

Capítulo 4- Resultados

4.1.-NotaPrévia
4.2. - Características Sociodemográficas Genéricas
4.3. - Desenvolvimento
4.4. - interacção Familiar
4.5. - Personalidade
4.6. - Antecedentes Pessoais e Familiares
4.7. - Factores Circunstancias
4.8. - Comportamento Suicidário
4.9. - Nosologia e Codificação
4.10.- Quadros Clínicos
4.11.-Síntese
4.12. - Comparação entre homens e Mulheres
4.12.1.-Entrevista
4.12.2. - Quadros clínicos
4.13. - Comparação entre Adolescentes e Adultos
4.13.1.-Entrevista
4.13.2. - Quadros clínicos

Capítulo 5- Discussão

5.1. - Características Suciodemográficas
5.1.1.-Sexocraça
5.1.2. - Idades
5.1.3.-Estado civil
5.1.4. - Naturalidade, residência e ambiente social
5.1.5. - Habitação. rendimento e classe social
5.1.6. - Escolaridade
5.l.7.-Profissao
5.1.8.- Religião
5.2. - Desenvolvimento
5.2.1. - Gestação, parto e desenvolvimento psicomotor
5.2.2. - Educação
5.2.3. - Maus tratos e rejeição
5.2.4. - Abuso sexual e violação
5.2.5. - Insucesso escolar
5.2.6. - Actividades de grupo
5.2.7. - Confidente
5.3. - Interacção Familiar
5.3.1. - Relacionamento familiar
5.3.2.- Perfis do pai e da mãe
5.33. - Composição das famílias
5.4. - Personalidade
5.5. - Antecedentes Pessoais e Familiares
5.5.1. - Tabagismo e alcoolismo
5.5.2. - Toxicodependências
5.5.3. - Outras complicações médicas e psiquiátricas
5.6. - Factores Circunstanciais
5.6.1. - Problemas afectivos
5.6.2. - Problemas profissionais
5.6.3. - Problemas financeiros
5.6.4. - Luto
5.6.5. - Modelos suicidários
5.7. - Comportamento Suicidário
5.7.1. - Generalidades e epidemiologia
5.7.2. - Métodos
5.7.3. - Entrevista
5.7.4. - Motivações
5.7.5. - Impulsividade e auto-agressão
5.7.6. - Local
5.7.7. - Reacções de aniversário
5.7.8. - Ritual
5.7.9. - Carta
5.7.10.-Pensamento
5.7.ll. - Satisfaçãoeexpectativas
5.7.12. - Procura de ajuda
5.7.13. - Psicofármacos
5.7.14. - Retrato
5.7.15. - Tipologia suicidaria
5.7.16. - Intenção suicida
5.8. - Quadros Clínicos
5.8.1. - Reacção de ajustamento
5.8.2. - Humor
5.8.3. - Personalidade
5.8.4.- Outras psicopatologias
5.8.5. - Codificação
5.9. - Comparação entre Homens e Mulheres
5.9.1. - Problemas, métodos, álcool, carta e pensamento
5.9.2. - Quadros clínicos
5.10. - Comparação entre Adolescentes e Adultos
5.10.1. - Problemas, luto, discussão, satisfação e retrato
5.10.2. - Quadros clínicos

Capítulo 6

Resumo e Conclusões

Bibliografia

Apêndice

Doc. 1. - Ficha de inscrição na Consulta de Prevenção do Suicídio
Doc. 2.- Entrevista de Avaliação dos Comportamentos Suicidários (EACOS)

Volta

Suicídio: testemunhos de adeus
Maria Luiza Dias.
São Paulo, SP: Editora Brasiliense, 1991.

Na cidade de São Paulo, cerca de 1.100 pessoas suicidam-se todo ano; sozinho, o Hospital das Clínicas registra a média anual de 120 casos. O que leva tanta gente a abreviar a própria vida? Em busca de respostas, a psicóloga e socióloga Maria Luiza Dias analisou as chamadas "mensagens de adeus" – bilhetes, cartas, fitas de áudio deixados por suicidas.

Nesses testemunhos (que o livro traz na íntegra) manifesta-se o desespero de quem não encontra nada mais a fazer de sua existência. No ápice de um comportamento auto-destrutivo, desejam ativamente morrer. Mas Suicídio – testemunhos de Adeus mostra que não é possível falar da morte sem antes pensar na vida – e assim examina, de forma extremamente original, as relações humanas na sociedade moderna. Uma obra de impacto, contundente e instigante.

Volta

Suicídio - Fragmentos de psicoterapia existencial
Valdemar A Angerami (Camon)

A discussão envolvendo a temática do suicídio é das mais importantes na realidade contemporânea. Alguns teóricos afirmam que o suicídio é uma epidemia contagiosa que se alastra no seio da sociedade quando divulgado, mas esse tema não pode ser confinado a tais asserções, com o risco de se incorrer em erro. Em termos estritamente filosóficos, o suicídio é um ato que questiona a existência de modo drástico e definitivo. Não atinge apenas a vítima, mas também seus familiares e amigos íntimos. A violência e o suicídio são fatores interligados de uma mesma manifestação: o desespero humano. E, no momento em que as pessoas estão sendo atiradas às raias do desespero pelas mais variadas razões, a contribuição deste livro é fundamental para os estudiosos da temática. O livro é destinado a estudantes e profissionais das áreas de Psicologia, Medicina, Filosofia, Enfermagem e a todos que de alguma maneira se interessam pelo enredo do suicídio na condição humana.

Volta

Solidão: a ausência do outro
Valdemar A Angerami (Camon)

De certo modo, é surpreendente o número de pessoas que são atiradas às raias do desespero pela solidão, um sentimento muitas vezes rotulado de "coisa de velho" ou "coisa de quem não tem com o que se preocupar". Enveredar pelos caminhos da solidão é uma grande responsabilidade, pois é um caminho pouco trilhado pela Psicologia. Este livro resulta das atividades do autor junto a pacientes vítimas de tentativas de suicídio e aborda vários aspectos do problema, como Solidão e Tédio Existencial, Solidão e Vida Religiosa, Solidão e Velhice, Solidão Criativa e Casos Clínicos.

Volta

Histórias psi: a ótica existencial em psicoterapia
Valdemar A Angerami (Camon)

Para o autor, a psicoterapia precisa respeitar o homem como tal - alguém dotado de sentimentos, sensações e emoções, recusando, assim, a ótica da Psicanálise ou do Behaviorismo. Neste livro, o autor associa conhecimentos teóricos à sua extensa experiência profissional, analisando em profundidade dois casos reais de pacientes com indícios acentuados de destrutividade e com determinantes de tentativa de suicídio. É mostrado, então, não apenas o instrumental teórico necessário para uma performance frente a esses casos mas também como eles podem mudar a rotina do psicoterapeuta, tornando-o vulnerável diante de seu desenvolvimento.

Volta

Meditaciones sobre el dolor del mundo, el suicidio y la voluntad de vivir
Arthur Schopenhauer

Nació en Dantzig (Alemania) en 1788. Su padre, que era comerciante, lo preparó para el negocio llevándolo en sus viajes por Francia e Inglaterra. Schopenhauer aprendió así otros idiomas y adquirió una cultura general que, reforzada con sus estudios y lecturas, llegó a ser muy amplia.

Cuando murió su padre (1805), comenzó sus estudios clásicos. En la Universidad de Götingen, el filósofo Schultze despertó su interés por la filosofía kantiana a la par que el orientalista Maier lo ponía en contacto con los libros sagrados de la India. Estas dos fueron las fuentes principales de su filosofía.

En 1819 publicó su obra más importante, El mundo como voluntad y representación, que terminó siendo vendida como papel usado (por peso) por no haber tenido la menor repercusión.

Luego de este fracaso editorial quiso competir en Berlín con Hegel, que se encontraba en el pico más alto de su prestigio como profesor de Filosofía. Para ello colocó el horario de sus clases en coincidencia con el de las clases de Hegel. Fracasó en dos oportunidades por falta de alumnos y abandonó la universidad con un gran desprecio por los "filósofos universitarios" en general y por Hegel en especial, cuya filosofía consideraba desquiciada.

Schopenhauer tomó de Kant la diferencia entre lo que percibimos (fenómeno) y la cosa en sí (noúmeno). El mundo que percibimos no es sino el resultado de nuestras representaciones. «Todo lo que existe, existe para el pensamiento.» Pero, a diferencia de Kant, Schopenhauer entiende que tenemos un modo de acceder al noúmeno, a la cosa en sí. «Nosotros mismos somos la cosa en sí.» Si por el intelecto accedemos al fenómeno, por el cuerpo podemos acercarnos a la cosa en sí. Por nuestro cuerpo conocemos lo que el mundo es en sí mismo, "voluntad", necesidad, deseo. El instinto de conservación del individuo (agresividad) y el instinto de conservación de la especie (sexualidad) son los modos principales de esta voluntad de vivir. En el fondo, el mundo no es sino voluntad, deseo insatisfecho, anhelo insaciable.

Dado que Schopenhauer entiende, siguiendo a Kant, que la causalidad es una categoría del entendimiento (una categoría a-priori aportada por el sujeto) su conclusión es que, si bien los actos voluntarios particulares tienen una finalidad, la voluntad en sí misma (que, por ser en sí, está más allá de todo fenómeno) no tiene causa ni fin alguno. Es una voluntad sin sentido y, por lo tanto, sin posibilidad de alcanzar una realización total. En el fondo, el mundo es un dolor, un sufrimiento sin finalidad ni sentido.

Respecto de nuestra existencia, Schopenhauer dice que nuestra vida «oscila como un péndulo entre el dolor y el hastío». Cuando queremos algo sufrimos porque no lo tenemos. Cuando lo logramos, o comenzamos a desear otra cosa (nuevo dolor) o ya no deseamos nada (hastío). Estamos encerrados en este círculo. (No por nada lo llaman a Schopenhauer "El Pesimista de Frankfurt", ciudad en la que vivió los últimos treinta años de su vida.) De todas formas, Schopenhauer tiene una propuesta: huir del mundo. No acepta el suicidio como camino, porque el suicida no renuncia a la vida sino a la vida que le ha tocado vivir, buscando otra mejor. Sí reconoce como alternativas válidas la contemplación artística y la vida ética. Quien contempla algo bello lo admira pero no pretende lo observado para sí. Suspende por un instante el deseo, la voluntad, y durante ese instante se escapa de este mundo. Pero esta salida es para pocos, e incluso para esos pocos dura poco tiempo. Por ello, el camino más recomendable es el de la vida ética. El sabio sabe que, en el fondo, él y los demás son lo mismo. Supera todo egoísmo y vive la mayor de las virtudes, la piedad. El sabio sufre tanto su dolor como el ajeno y hace lo posible por aliviarlo. Si se quiere lograr una perfección mayor, se puede intentar vivir la "santidad", la negación de la voluntad de vivir. Así se logra una perfecta indiferencia y una castidad perfecta.

Sobre el final de su vida, Schopenhauer comenzó a cobrar notoriedad, y su obra, antes vendida como papel, fue reimpresa y se agotó rápidamente.

La filosofía de Schopenhauer influyó en el joven Nietzsche, quien luego de leer El mundo como voluntad y representación se hizo ferviente discípulo suyo (sin conocerlo personalmente, porque para ese entonces ya había muerto). También influyó sobre el pensamiento del joven Freud, quien cuenta en sus cartas que se reunía con otros colegas para leer a Schopenhauer.

Volta

Lições de um suicida: um estudo do clássico Memórias de um Suicida
Abel Sidney
Campinas: Editora Allan Kardec, 2005.

Aos sessenta e cinco anos, o escritor Camilo Castelo Branco, expoente do romantismo português, descobriu que não enxergaria mais. Desesperado, decidiu que não queria viver, pondo fim à sua vida com um tiro de pistola no ouvido. Esta história se desdobra no mundo espiritual de forma tão realista quanto o espírito materialista e crítico que inspirou o escritor genial. Releitura da consagrada obra Memórias de Um Suicida, de Yvonne Pereira, cujo volume contou com cores fortes e imagens tão reveladoras quanto doloridas, a história do escritor em sua jornada em busca do perdão e da reconstrução de sua vida. O autor transforma essa obra em lições profundas e tocantes para quem deseja aprender uma nova lição de vida.

Volta

Publicações (Livros)  |  Página Principal